17 de abr. de 2010

três esses . . .



s a u d a d e .. d e ... s e t i r .... s a u d a d e !

Catarina

catarina
Todo domingo Catarina ia com seus pais na casa da avó onde passavam a tarde com seus primos e amigos da rua que sempre apareciam por lá! A casa era enorme com jardim, piscina e esconderijos como toda a criança gosta! Catarina era uma menina muito obediente, observadora e desconfiada. Sempre fazia tudo certinho, como manda o figurino. Era criança como todas as outras, mas não achava graça das travessuras que alguns amigos e primos faziam. Ela se dava muito bem com eles, brincava, ria mas nas travessuras e maldades não. Catarina não conseguia ver diversão naquilo e sempre ficava de fora, via tudo de longe, não contava para ninguém mas, não participava. Um dos motivos de não entrar era o medo dos pais, de ficar de castigo, mas às vezes mesmo não participando entrava na bronca junto com as outras crianças. Todo domingo era assim até que um dia surgiu uma vontade dentro dela. Com o passar do tempo viu que os castigos não eram tão grandes assim, que os adultos também faziam suas travessuras e ficou com uma enorme vontade de “brincar”! Ainda não participava, mas passou a ver mais de perto, de vez em quando escapava um sorriso no canto dos lábios, até que num dia se transformou em gargalhada. Num belo domingo Catarina chegou muito empolgada e orgulhosa, juntou os primos e amigos para propor uma travessura, sugeriu aquela que todo mundo a chamava para fazer, já que era alta e magra para subir no muro! Seria o dia dela, que ela entraria naquele universo que todo mundo participava e brincava, que ela iria se divertir com e como eles! Catarina começou a falar e explicar como seria, como queria fazer, e já se divertia só de pensar. A surpresa se instaurou naquele momento dos dois lados, a garotada ficou perplexa com Catarina e ela com eles. Eles não deixaram que ela colocasse em prática seu plano. Ela ouviu mil razões desculpas e perguntas que não fizeram sentido em sua cabeça: que não era para ela, não combinava, não entenderam essa mudança(que para eles era repentina), que era melhor ela continuar a brincar só nas outras brincadeiras, porque que agora ela queria brincar dessas coisas?, que era um absurdo, etc e etc! Alguns até se assustaram dela ter proposto com tanta vontade, com tantos detalhes bem encaixados e se perguntavam onde ela tinha aprendido. Com vocês ela pensava ... com vocês, respondia, aprendi com vocês... e pensava, tudo isso passava diante dos meus olhos, eu sempre fui convidada e no dia que eu me convido, que eu quero, que estou me divertindo eu não posso? Eu aprendi com vocês...